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Como a usucapião pode ser a saída para defender seu lar?

  • Heitor Broseguini e Vinícius Sant'Anna
  • 26 de fev.
  • 3 min de leitura
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João vivia tranquilamente em sua casa, um imóvel onde havia construído sua vida ao longo de 20 anos. 

Ali ele criou seus filhos, fez reformas, plantou árvores no quintal e viu muitos aniversários e natais serem comemorados

Embora não tivesse a escritura do imóvel, João sempre acreditou que o tempo e o cuidado com a casa eram suficientes para garantir sua permanência.

Porém, em um dia comum, uma notificação judicial (citação) chegou à sua porta. Para sua surpresa, o antigo proprietário, que João acreditava ter esquecido do imóvel há muito tempo, havia ingressado com uma ação reivindicatória para retomar a posse da casa. 

O coração de João disparou. Ele não conseguia imaginar sua família sendo despejada do lar que haviam construído com tanto esforço.


O que é a ação reivindicatória?

A ação reivindicatória é um recurso utilizado pelo proprietário de um bem para recuperá-lo de quem o está ocupando sem seu consentimento. No caso de João, o antigo dono do imóvel pretendia retomar a casa, argumentando que ele ainda era o verdadeiro proprietário, pois o bem permanecia registrado em seu nome.

No entanto, João tinha um direito que poderia mudar completamente o rumo da história: a usucapião.


A usucapião como defesa

Quando recebeu a notificação (citação), João procurou um advogado especializado em direito imobiliário. Foi então que ele descobriu que poderia contestar a ação reivindicatória e, como parte de sua defesa, arguir a usucapião.

A usucapião é um instituto jurídico que permite a aquisição da propriedade de um bem pelo uso contínuo, pacífico e com ânimo de dono durante um período de tempo determinado pela lei. João preenchia todos os requisitos:

  • Ele estava no imóvel há 20 anos, sem interrupção;

  • A posse foi exercida de forma pacífica, sem oposição do antigo dono durante todo esse tempo;

  • João agiu como verdadeiro proprietário, realizando benfeitorias, pagando contas e mantendo o imóvel.


O papel do advogado especializado

O advogado explicou que a usucapião poderia ser utilizada como matéria de defesa na ação reivindicatória. Para isso, seria necessário:

  1. Reunir de provas: Demonstrar que João cumpria os requisitos para a usucapião, como testemunhos de vizinhos, contas de luz, água e IPTU em seu nome, fotos das benfeitorias feitas no imóvel e qualquer outro documento que provasse seu vínculo com a casa.

  2. Apresentar defesa: Protocolar uma contestção bem fundamentada, argumentando a posse de João como ânimo de dono e solicitando que o direito à usucapião fosse reconhecido no âmbito da própria ação.

  3. Analisar requisitos específicos: Verificar se o caso atendia aos prazos e às condições estabelecidas por lei, como a usucapião extraordinária (15 anos de posse) ou ordinária (10 anos com justo título e boa-fé).


O resultado

Com a orientação jurídica adequada, João apresentou sua defesa e conseguiu evitar a perda do seu lar, no qual investiu todas as suas economias, construiu a sua vida e viveu seus dias mais felizes.


Por que você deve regularizar seu imóvel?

A história de João é um alerta para quem vive em um imóvel sem documentação formal. Quanto antes você buscar a regularização, menor será o risco de surpresas desagradáveis, como ações judiciais que coloquem em risco seu lar.

Se você se identifica com a situação de João, procure imediatamente um advogado especializado. Ele irá orientá-lo sobre os caminhos legais para proteger sua posse e transformar sua relação com o imóvel em uma propriedade devidamente reconhecida por lei.

Não espere que o problema bata à sua porta. Regularizar seu imóvel é um investimento em tranquilidade, segurança e no futuro da sua família.

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