Por que contratar um advogado na compra e venda de imóveis é uma decisão que protege o seu patrimônio?
- Heitor Broseguini e Vinícius Sant'Anna
- 31 de out.
- 3 min de leitura
Assim como ninguém se submete a uma cirurgia sem um médico, ninguém deveria negociar um imóvel sem um advogado.

Antônio e Lúcia sonhavam há anos em mudar de vida.
Depois de décadas de esforço, decidiram vender o único imóvel do casal para investir em uma casa mais próxima dos filhos e garantir um futuro mais confortável.
Parecia simples: anunciar, negociar e assinar o contrato. Afinal, quantas pessoas não fazem isso todos os dias?
O problema é que Antônio e Lúcia decidiram seguir sozinhos, sem a assessoria de um advogado especializado em transações imobiliárias.
O comprador — aparentemente bem-intencionado — apresentou um contrato pronto, daqueles “padrão de imobiliária”. O casal, acreditando que tudo estava dentro da normalidade, assinou sem imaginar que uma única cláusula escondia o início de um pesadelo.
O contrato parecia simples, mas escondia uma armadilha
O acordo previa o pagamento de um sinal de 10% do valor do imóvel e o saldo remanescente dividido em 36 (trinta e seis) parcelas mensais e sucessivas.
No papel, parecia um bom negócio: prazos razoáveis, pagamentos previsíveis e tudo “formalizado”.
Mas havia um detalhe: o contrato previa em favor do comprador o direito de reclamar a devolução integral das parcelas já pagas, caso este desistisse do negócio por vontade própria, retendo-se apenas o sinal inicial de 10%.
Sem orientação jurídica, Antônio e Lúcia não perceberam que essa cláusula desequilibrava totalmente a relação contratual — transformando um contrato de compra e venda em uma espécie de “empréstimo sem juros”, em que o comprador podia simplesmente desistir após anos, sem grandes perdas.
O dia em que o sonho virou frustração
Dois anos e meio depois, os compradores desistiram da aquisição.
Amparados pela cláusula que haviam inserido no contrato, exigiram a devolução de praticamente todo o valor pago, abatendo apenas o sinal.
O casal, sem alternativa, teve de devolver boa parte dos recursos que já haviam utilizado na compra da nova casa.
O resultado? Um prejuízo financeiro expressivo e a amarga sensação de ter sido enganado — quando, na verdade, faltou apenas orientação preventiva e técnica.
O que uma assessoria jurídica teria feito por eles
Se tivessem contado com um advogado desde o início, o contrato teria sido redigido com cláusulas equilibradas, protegendo os direitos do casal e garantindo:
penalidades proporcionais em caso de desistência do comprador;
retenção justa dos valores pagos, compensando o tempo, o desgaste e a oportunidade perdida;
prazos e condições de rescisão equilibradas;
e mecanismos de segurança jurídica que evitassem prejuízos futuros.
O advogado imobiliário não se limita a eliminar cláusulas desfavoráveis: ele cria cláusulas de proteção que blindam o patrimônio e conferem tranquilidade jurídica.
É ele quem identifica riscos, antecipa cenários e garante que o contrato traduza exatamente a vontade do seu cliente — sem brechas, sem armadilhas e sem surpresas.
Agir antes é sempre mais barato que remediar depois
Muitos só percebem o valor da assessoria jurídica quando o problema já aconteceu.
Mas, em transações imobiliárias, prevenir é infinitamente mais seguro — e mais econômico — do que remediar.
A compra e venda de um imóvel envolve valores altos, documentos complexos e consequências duradouras.
Basta uma cláusula mal redigida para transformar um sonho em uma disputa judicial longa e desgastante.
Conclusão: segurança não é custo, é investimento
Contratar uma assessoria jurídica especializada é investir em segurança, prevenção e tranquilidade.
Assim como ninguém se submete a uma cirurgia sem um médico, ninguém deveria negociar um imóvel sem um advogado.
Antônio e Lúcia aprenderam da forma mais dura que boa-fé não substitui técnica e que confiança não dispensa segurança.
Você, por outro lado, pode aprender com a experiência deles — e garantir que a sua próxima transação imobiliária seja um passo seguro, protegido e juridicamente blindado.
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